domingo, 1 de junho de 2014

"Funcionalidade" Feminina

Eu sou mãe, mulher, professora, analista de sistemas, leio, escrevo , sou assessora de mim mesma, pois nada na vida de uma mulher vem muito facilmente, desde pequenas aprendemos a cuidar, zelar e brincar de casinha, eu particularmente adorava brincar de escolinha e aí de quem se atrevesse a ser a professora no meu lugar, para brincar comigo já podia ir sentando nos seus devidos lugares da “mesinha” escolar.
Sempre fui de raciocínio rápido, boa em cálculos e afins, mas nunca fui a mais “sabe tudo” da escola por exemplo, mas sempre fui dedicada, sempre estudei muito, li muito e sempre me preocupava em dividir o que sabia, não era de sobressaltos, era até tímida.
Pois bem, a menina cresceu e tornou-se mulher, formou-se, formou-se de novo, e mais uma vez, casou, separou e criou sua filha sozinha, com a mesma dedicação outrora usada no estudo diário e sempre em sala de aula, pois ali é meu palco e vida, ensinar, mostrar caminhos, apontar horizontes é o que sou destinada a fazer por aquele que me mandou pra cá, e então exerço minha cidadania desde que me conheço por gente, meu pai ensinou-me a lutar pelo que acho justo e certo e sempre fazer com dedicação tudo deve ser feito.
Portanto esclareço que sempre fui responsável pelos meus atos e sempre agi e pensei por minha própria cabeça, por minha conta e risco e muito me indigna que um senhor que preside o Legislativo dessa cidade, venha a público dizer que por trás das minhas palavras posts ou ações exista uma conspiração contra ele , delegando aquilo que outrora falo e reafirmo como sendo criação de outrem.
Ora meu caro senhor, sou mulher e como tal a multitarefa está presente no meu DNA, sou bem capaz de fazer o que faço sem precisar virar fantoche nas mãos alheias, quem me conhece sabe o quanto sou firme naquilo que acredito e me causa vergonha alheia que um senhor que preside tal entidade local seja tão machista ao ponto de não compreender do que uma mulher é capaz de fazer e como pode fazê-lo com maestria.
Mas como mulher que sou, ainda vislumbro a oportunidade de fazê-lo entender que somos mais do que seus olhos podem ver e que não aceito a condição de conspiradora que me atribui, sou cidadã e como tal questiono o que é feito do dinheiro do povo , que é oriundo dos impostos que pagamos com nosso suado trabalho e energia.
Na ânsia de que sou compreendida em meus anseios e indignações, subscrevo-me.
Ana Maria Vavassori

Professora Universitária, Analista de Sistemas e Mídias Sociais, Mãe , MULHER e cidadã Joinvilense
Artigo publicado mo Jornal ND dia 26 de maio de
 2014

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