Estava eu saindo do Angeloni com minha preciosa e eis que olho a frente um homem digamos “esteticamente bem resolvido” aquele tipo que quando meus olhos percebem minha boca já falou antecipadamente sobre o mesmo ... e eu “Filha , olhe que belo exemplar logo a frente!!!”
E a Anninha - “ Tô vendo mãe e ele pelo jeito , também te viu porque está vindo em sua direção “
Danou-se de duas uma ou ele me achou esteticamente bem resolvida, o que sei é normal, ou é um “amigo” e eu não tô lembrada, mas como posso não lembrar de um amigo assim tão bem apessoado? Rssssss
Dá aquela sensação estranha de que vc cometeu um pequeno “delito” e será pega em flagrante e me resta fazer cara de paisagem atrás dos meus óculos de oncinha porque o “moço” bem apessoado vem chegando, mantenho minha cara de paisagem firme quando o moço abre um sorriso tão branquinho que agradeço estar de óculos de sol, tamanha luminosidade, a essa altura já não sei se estou com a cara de paisagem adequada rsssss
E ele – “Aninha querida há quanto tempo !!!!
ufa é meu amigo , me chamou de Aninha e eu vasculho a memória em acessos rápidos e nada , nenhuma informação é encontrada na minha base de dados que tenha chave de acesso para aquela aparência “bem resolvida” distribuída em 1,80 m e aquele belo sorriso ... ah o sorriso , a voz rouca, PQP , nada encontrado em minha memória que combinasse com aquela descrição de acesso rápido, ele olhou-me e me abraçou, eu jamais esqueço um perfume, cheiroso e nada nenhuma lembrança, ou eu estou desmemoriada ou aquela bela aparência me confundiu ...
Nada vem em meu socorro, apresento-lhe minha filha na torcida de que ele diga seu nome à ela e que essa seja a chave de acesso para a lembrança que não consigo encontrar, e nada , ele elogia minha filha, e diz que se parece comigo e pergunta como estou e blá, blá , blá emendo uma pergunta na outra para ver se descubro quem é aquele homem e ele me dá seu celular, anota o número do meu e diz que precisamos beber um bom vinho qualquer hora dessas, deu-me seu nome FERNANDO HENRIQUE , e despediu-se com um beijo e abraço deixando aquele perfume grudado na minha bochecha.
Assim que ele se afasta, minha filha me olha com aquela cara de quem é esse mãe? E eu não sei como dizer, mas não sei quem é Fernando Henrique, o único acesso que encontrei em minha base de dados para esse nome é o ex presidente Rsss
Como eu posso esquecer um “Fenando Henrique” desse naipe ? Óh céus não sou mais mesma, mas sorri feliz pois meu nome em diminutivo só é usado pelos que me tem um certo apreço, e ser apreciada por um “belo exemplar masculino” é sempre motivo de boas risadas ...
Ana Maria Vavassori
O que seria de cada um de nós sem todas nossas histórias de amor? Sem cada sobressalto, sem cada emoção vivida ? Não importa se chegou ao fim, ou como chegou , importa o que foi vivido , o que foi sentido, isso fica na nossa história e gravado na pele como digital única de cada ser. E lá no fundo a cada lembrança nós vem aquele sorriso de canto de boca, dados por quem já sentiu-se amado e desejado por um instante indivisível qualquer . Ana Maria Vavassori
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